O mal da humanidade é a falta de amor!
Vivemos num mundo de uma celeridade massacrante...
Dividem-se tetos mas não se dividem vidas.
Fala-se pra alguém sem que se seja ouvido.
A companhia de desconhecidos, até familiares, propaga-se.
Pessoas estão lado a lado sem se verem.
Impera-se o desinteresse.
A ordem do cada um por si, Deus por todos...
Proliferam-se as carências os estados depressivos,
consequências cientificas de tais fatos.
É possível que nos habituemos a esta realidade?
Como as crises existenciais não gritarem sob um estado de natural rejeição?
Somos seres do afeto.
Espiritual e não exclusivamente material...
Não podemos contrariar o que a nós é inerente...
Mas,
Desapareceram os amores que velam o sono.
E amparam e fertilizam os sonhos.
Se acordados, gritando e gesticulando defronte de alguém,
atualmente não somos vistos,
enquanto dormentes nos equipararíamos a natureza morta.
Seria muito acreditar em um amor que me vele o sono?
Após o refestelar do sexo ou o alimento do seu próprio sono, me contemple a dormir?
Que persiga com os seus olhos de zelo e cuidado,
...
...
sem toque,
...
...
os centímetros e milímetros da minha matéria corpórea,
ansioso por também ser cúmplice da intimidade dos meus pensamentos.
Teria eu a sensibilidade de, surpreendida por tal, constatar
ser esta uma expressão do mais puro amor?