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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cativar versus Acautelar


   
   Uma reflexão pessoal, baseada na poesia e sabedoria de dois escritores...

   No dizer de Antony Saint Exupery, renomado autor do Le Petit Prince, uma lembrança do diálogo do principezinho e a raposa...

   - O que quer dizer cativar?
  - É uma coisa muito esquecida,disse a raposa.Significa "criar laços...". Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!
   Por outro lado, de forma bastante madura William Shakespeare nos alerta que depois de algum tempo “você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratose presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. [...] E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...”
   Mas, não é possível esquecer mais uma vez Exupery, “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.” E que, “se procuro em minhas recordações os que me deixaram um sabor duradouro, se faço balanço das horas que valeram, sempre me encontro com aquelas que não valeram a pena.”
   O importante então, concluo: será não desistir de investir na vida, que se faz nos relacionamentos com as pessoas, rogando a Deus nos proteja de que as horas que não valham a pena sejam sempre inferiores as que valeram, e que se tornem cada vez mais diminutas aquelas, constituindo somente o indispensável a nos proporcionar aprendizado e crescimento. E que nós procuremos não ser objeto de decepção aos que nos rodeiam, mantendo inarredável nossa responsabilidade com o aquele que cativamos e nos cativou... Principalmente porque também nos ensina Shakespeare que a gratidão é o único tesouro dos humildes.

                                           Outono de 2010, Montes Claros.

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