O amor maduro é leve...
É calmo...
Tem cheiro de paz...
O que não dele retira o calor das urgências
Urgência de se dar por se saber inteira...
De vibrar a intensidade da paixão...
Ser chama inebriante que consome!
Destoa do amor o ar de desespero...
Imputar ao amor tábua de salvação,
de ser a única saída,
de ser a solução pra uma vida,
é retirar dele a característica da independência,
que o faz propriamente amor.
É desconstituir sua essência do desinteresse que o faz verdadeiro...
É atribuir ao seu destinatário peso...
Peso que amedronta...
É torná-lo insistente, aprisionante!
Sufocante!
Amor e liberdade não se separam...
Amor e Deus, muito menos...
Ao amor não combina o desespero...
O desespero de não saber ou poder andar sozinha,
com passos conscientes, escolhidos, determinados...
Passos que garantam ao outro a certeza da independência.
Da leveza! Da verdade!
Da certeza de que se pode chegar
Chegar mais perto...
Sem ônus! Sem dor! Sem dependência! Sem ser muleta!
E se poder ficar...
Se quiser...
Até quando quiser...
E que por tudo isso seja,
A VIDA INTEIRA!
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